segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A Escola e a arte educação no contexto educacional

O compromisso da escola pública é com a maioria da população que hoje, por força do modelo econômico, político, social, cultural, está fragmentada em vários segmentos-minorias, organizados ou não na sociedade. A educação perpassa o tempo, as perspectivas, não é apenas para arrumar emprego.
Não há como negar, que das mais diversas formas, todos estes segmentos-minorias participam da produção da riqueza, mas historicamente têm sido expropriados, excluídos, manipulados, discriminados, de muitos modos em seus direitos fundamentais, desde as suas condições objetivo-materiais de vida (plano econômico), às formas de organização sócio-política (plano social e político) à produção e acesso ao saber e a cultura (plano cultural).
A educação vem passando por modificações nos últimos anos, em especial a arte. O estereótipo do bom aluno que fazia exatamente como o modelo – cópia- aos poucos foi mudando – a expressão livre – as aulas de artes virou aulas de recreação. Hoje cada atividade proposta necessita ser contextualizada, não pode ser uma aula solta. O Ensino da Arte gera conhecimento, pois se relaciona com as demais áreas do conhecimento, desenvolve o pensamento artístico e a reflexão estética.

Vivenciamos a era da revolução de informações, no entanto a informação sem saber ser trabalhada não tem valor, precisa ser socializada, levar a aprendizagem para o nosso aluno; Compreende e identifica como fato histórico contextualizado nas diversas culturas e, através dessa dimensão social, possibilita o modo de perceber, sentir e, articular significados e valores que governam os diferentes tipos de relações entre os indivíduos na sociedade.
Torna-se necessário a produção de forma criativa – relacionada ao conhecimento – à expressão de sentimentos e emoções, oportunizado pelo professor, incluindo os meios tecnológicos.
O conhecimento só é válido quando é partilhado. O papel fundamental da Educação no desenvolvimento das pessoas e da sociedade amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação do cidadão. Construir a aprendizagem é ler vários textos e construir o seu, isto dá credibilidade para o conhecimento reelaborado
.
A avaliação não começa nem termina na sala de aula, extrapola o contexto escolar, envolvendo família, escola, sociedade. Avaliar é sinônimo de melhor valorizar o que o aluno sabe, esta melhoria se refere ao aluno, ao currículo, ao professor e a escola, enfim a todos os atores envolvidos no processo educacional.
No que se refere à posição tomada pela escola quanto as suas características, valores e procedimentos, a avaliação deverá ser de forma processual, contínua, considerando-a como um subsídio de aprendizagem, de forma a propiciar aos educandos, estratégias de vida que o levem a representações mais complexas, mais abrangentes e universalizadas, aprendizagem de dificuldade e o nível de compreensão da realidade, que oportunize ao professor e ao aluno a auto-compreensão.
A avaliação contribui para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, ela se converte em ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino. O valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades, para isso é necessário o uso de procedimentos e instrumentos avaliativos diferenciados
.
Deverá ser feita paralelamente, observando as condições do educando, fazendo revisão de conteúdos, dando oportunidade através de provas ou trabalhos, pesquisas, para que o mesmo tenha condições de obter a nota considerada satisfatória para assegurar a permanência e o sucesso do educando no âmbito escolar. No que se refere aos conteúdos, deverão ser adequados de acordo com as possibilidades (conhecimentos) dos alunos, observando-se o que dispõe a Proposta Curricular.
“O importante não “é fazer como se” cada um houvesse apreendido, mas permitir a cada um aprender”. (Perrenoud, p.165, 1999).


7 comentários:

Unknown disse...

Prezada Professora FLAVIA:
Vejo a sua preocupação com a "ARTE". Também pássei por todas as angústias que estás passando, mas quero dizer-lhe: não desista,pois bem sabes que os frutos se colhem depois... e hj com orgulho escuto muitas vezes por parte de ex alunos, pais,diretores e até colegas o quanto é importante a Arte para o desenvolvimento integral do ser humano.LUTE SEM PARAR PARA TER O GOSTO DA COLHEITA DEPOIS .Fui e sou apaixonada pela ARTE.Graças a Deus, consegui influenciar pessoas bem sucedidas que, com certeza não chegariam onde estão se não tivessem um dia a oportunidade de desenvover seus talentos que só a Arte pode conceder para qualquer profissão. Vamos trabalhar em primeiro lugar nossos colegas de profissão para serem mais sencíveis a tudo o que ocorre primeiro ao seu redor e depois no mundo. Assim podem nos ajudar a formar pessoas maravilhosas a serem mais humanas,criativas, observadoras,sensiveis e felizes. Um grande abraço e lute a causa é nobre, com espinhos mas gratificante.Abraços. Maria Elidia.

Unknown disse...

Prezada Professora FLAVIA:
Vejo a sua preocupação com a "ARTE". Também pássei por todas as angústias que estás passando, mas quero dizer-lhe: não desista,pois bem sabes que os frutos se colhem depois... e hj com orgulho escuto muitas vezes por parte de ex alunos, pais,diretores e até colegas o quanto é importante a Arte para o desenvolvimento integral do ser humano.LUTE SEM PARAR PARA TER O GOSTO DA COLHEITA DEPOIS .Fui e sou apaixonada pela ARTE.Graças a Deus, consegui influenciar pessoas bem sucedidas que, com certeza não chegariam onde estão se não tivessem um dia a oportunidade de desenvover seus talentos que só a Arte pode conceder para qualquer profissão. Vamos trabalhar em primeiro lugar nossos colegas de profissão para serem mais sencíveis a tudo o que ocorre primeiro ao seu redor e depois no mundo. Assim podem nos ajudar a formar pessoas maravilhosas a serem mais humanas,criativas, observadoras,sensiveis e felizes. Um grande abraço e lute a causa é nobre, com espinhos mas gratificante.Abraços. Maria Elidia.

Olga disse...

Adorei conhecer seu blog, na realidade você coloca tudo em termos interdisciplinares e auxilia também professores de disciplinas afins... Muito bem pesnsado! Parabéns!

kleidson disse...

Olá, parabéns pelo seu texto

Elieze disse...

é muito interessante as suas ideias sobre esse assunto.

Sylvana disse...

Querida Flávia,
Percebo sua angústia com relação às aulas de Arte e confesso que sentia essa mesma angústia quando garota e aluna na mesma escola que você estudou, em Campos Novos. Naquela época, lembro que muitas vezes, nas aulas de Arte, sentia vontade de desenhar/criar algo diferente, mas não podia porque era obrigada a "reproduzir" o que a professora mandava. Fazia aquilo sem gosto, sem motivação...
E ainda hoje, muitos professores cometem esse mesmo erro de: "copie, siga o modelo, reproduza", e não somente na disciplina de Arte, mas em outras também. Nõa se dão conta de que assim etão tolhendo a criatividade dos alunos e, talvez inibindo-os para sempre.
Então eu pergunto a esses professores: "De que vale o discurso que queremos formar cidadãos críticos e criativos se os podamos dessa maneira?"

Nilceia disse...

Como educadora penso que seu blog engloba muitos aspectos a serem pensados pelos professores de arte, existe muito mais nessa disciplina além de desenhos livres e pintura de figuras fotocopiadas, a arte deve ser trabalhada com arte! Parabéns pelo seu empenho e dedicação em tornar essa disciplina uma ferramenta de criticidade para a educação!!!